Lá se passaram quase dois anos, desde meu primeiro Retiro Literário, com o famoso James McSill.
Saudade que dói, ao mesmo tempo que me emociona observar daqui o melhor ponto de virada da minha vida.
Primeiro a dificuldade em me enxergar como amadora e depois a aceitação do fato.
– Porcaria! Sou mesmo amadora!
Não pense que é fácil!
E depois a maravilhosa transformação, ao mesmo tempo em que novos valores se estabelecem. Não que eles não existissem, mas antes eu vivia em outro mundo, onde a maioria não parecia estar interessada, estava em outros ideais.
Muitos foram os encontros, palestras, retiros, telefonemas, áudios e mensagens. E agora com a pandemia, a fase das Lives. Por mais que às vezes eu pense que já ouvi de tudo do James…,
– Queres escrever, Carolina?
– Quero!
– Queres contar? Conta!
– Tá bom, James!
– O leitor não vai pagar trinta reais pelo seu livro se estiver uma porcaria.
… ele sempre consegue surpreender.
Risos dentro de mim.
Eu costumo dizer que o James mora na minha cabeça, pois sempre que penso em história, lá vem a “vozinha” dele, de forma cínica e sarcástica, fazer algum deboche do que estou criando, antes que eu cometa a Maldição do Borradinho.
(Vide https://www.carolinavilanova.com.br/a-maldicao-dos-borradinhos-a-historia-de-um-retiro-literario-ii/)
Então eis que ontem, James dá a dica sobre os Darlings (queridinhos) aos seus autores.
E pasme: todo mundo na Live já o tem de longa data. A pessoa cativa e cria raízes em nossos corações, mesmo de chibata na mão.
Só ele fala.
– Amou essa parte que escreveu?
Silêncio.
– Corta!
Olhos arregalados.
– Está parecendo novela da Globo?
Ouço minha própria respiração.
– Corta!
– Sua mãe adorou o que você escreveu e até chorou?
“Ai, meu Deus”!
– Corta!
E por aí vai.
– Ficou melhor que o Dan Brown?
Risos em todos os cantos da tela.
– Cortaaaaaa!!!
James continua irreverente com autores e amigos nos quatro cantos do mundo. E eu continuo a me desenvolver como escritora, mas o maior valor de continuar ao lado dele não são as aulas e nem mesmo as impagáveis pérolas, mas o lado humano de quem me ensinou a ser uma pessoa melhor e assim me incute este desejo e objetivo todos os dias.
Sabe aquela pessoa que nem sabe que você está pensando nela, mas que lhe influencia em vários momentos do seu dia a dia?
Este é o meu Mestre e amigo James, Luz da minha vida! Um ser sarcástico, irônico, único e de gosto um tanto peculiar em relação aos seus outfits.
Além do inconveniente da Live de não ser ao vivo e eu não poder abraça-lo a seu contragosto é não ver as combinações espalhafatosas entre as meias e os chinelos de dedo coloridos.
Logo após a reunião eu digo.
– James, você estava atacado hoje.
Pouco tempo depois.
– Carolina, eu procurei no Google o que é estar atacado, mas eu não entendi. Deve ser uma expressão aí de São Paulo.
Eu rio.
E vou dormir, com o sorriso de fazer parte da vida de alguém que toca a minha alma no nível mais profundo que sou capaz de sentir.
O James ontem na live:
Provocação logo após este artigo:
– James! Ficou melhor que o Dan Brown!
Silêncio absoluto.
Leia mais sobre James McSill em:
Afinal, quem é James McSill? A história de um Retiro Literário!
https://www.carolinavilanova.com.br/a-maldicao-dos-borradinhos-a-historia-de-um-retiro-literario-ii/
2 Comments
Adorei. Não entendo nada ainda. Como disse, sou marinheira de primeiríssima viagem. Mas sei dizer que adorei. ???????????
Vivaaaaaaaaaaa! Obrigada Andrea! Bem vinda ao mundo da escrita! Beijos no coração!