“Quando você deixar de fazer o que quer,
poderá fazer o que preferir!”
Como olhar para dentro de si mesmo num momento de raiva?
A raiva é explosiva, impulsiva, latente e grita por ação imediata.
Como parar e meditar sobre ela?
Meditar? Parece quase impossível.
Um único segundo em que cedemos à raiva, pode ser responsável por mudar o curso de uma vida. Alguém que vai embora, uma decisão que se toma sem a possibilidade de voltar atrás ou ainda um ser que se machuca profundamente e levará aquilo para sempre como uma ferida.
A raiva é fogo, paixão, grito, energia! Não é de fácil controle, mas há de se tomar as rédeas dessa emoção, mesmo quando ela está borbulhando, como num caldeirão em chamas.
Sinta sim o coração acelerado, os punhos cerrados, a musculatura rígida e a respiração ofegante, se conecte com tudo isso, mas respire fundo em seguida e pergunta à raiva: “ _ Ei, o que você está querendo me dizer?”
Alguns segundos de autocontrole, poderão salvar a sua vida inteira de algo que nunca se saberia depois: “ _ E se eu tivesse reagido de outra forma?”.
Quando reagimos com calma, ainda que sentindo a raiva fervendo internamente, temos a possibilidade de analisar os fatos, falar sobre os ingredientes que estão no caldeirão de emoções, mas ainda com a chance de revertê-los em outra coisa construtiva.
Veja. Você discutiu com alguém sobre algo que não concordaram, cada um com seu ponto de vista, baseado na trajetória da própria vida. É provável que não haja certo ou errado, mas percepções distintas. Todos temos direito a opinião baseado nas nossas experiências pessoais: 6 ou 9, tudo depende em que posição se está! É assim que a banda toca!
Enquanto uns são mais enérgicos, outros são passivos. Uns preferem o silêncio, enquanto outros adoram o diálogo. Mas certo é evitar o grito. Na hora da raiva, tudo vem com rapidez, é preciso por o pé no freio e se beneficiar com a certeza, de que a pressa, nesse momento, é inimiga número 1. Paciência e amorosidade, que se edificam na nossa prática diária, demonstram verdadeiras conquistas da maturidade nesses piores momentos.
Sorrir e dar carinho é fácil quando está tudo bem. Mas tente o desafio de fazer o mesmo quando as coisas estiverem ruins dentro de você. Talvez possamos chamar esta ação de expansão da consciência, somada à amorosidade que você tem para com você e para com o outro.
Por mais que você acredite, no calor do momento, que a outra pessoa mereça um bom chacoalhão da sua parte, através de palavras mais altas e imponentes, use a dúvida sobre o que pode ser melhor, para o momento futuro. A raiva passa e o instante também, mas a relação pode acabar ali, em questão de milésimos de segundos.
Palavras tem poder – de construir e destruir – e duram uma vida inteira.
Um “eu te amo” é maravilhoso, mas um “calma, vamos analisar as coisas” num momento de discórdia pode ter muito mais efeito, porque o peso das palavras também deve ser medido no momento em que elas são faladas!
Amorosidade não são apenas palavras bonitas que o vento leva, mas ação. Nos piores momentos, é a maturidade de ignorar o que se sente, para não se perder de si mesmo.
O verdadeiro amor e a boa maturidade se manifestam nos tempos mais difíceis.
Controlar a raiva é em primeiro lugar, um exercício de desenvolver em si mesmo o amor-próprio, e o respeito carinhoso com o outro, seja como for.
E se ainda assim, tudo for jogado no ventilador, trabalhe a raiva que ficar, moldando a si mesmo através dela, porque no fim, quando a ferramenta é o autoconhecimento, tudo vira força!
Você cresce, amadurece e compreende outras formas de manifestar amor!