Antigamente as pessoas consideradas inteligentes eram aquelas com boa capacidade de raciocínio e memória. Tempo em que a inteligência matemática se sobressaía. Depois veio o conceito de Inteligência Emocional.
De maneira bem simples e prática, gostaria de citar algumas diferenças entre a “velha” inteligência e a inteligência emocional.
Se antigamente uma pessoa que fazia cálculos com facilidade era considerada inteligente, hoje se considera de melhor inteligência aquele que possui domínio de suas próprias emoções.
Tanto na vida pessoal quanto na profissional, na maioria dos casos, vale mais uma inteligência emocional aguçada do que um elevado nível de QI. Mas qual a diferença na prática?
Alguém com elevado QI pode ter mais capacidade de aprender e armazenar conhecimento como matemática, física, história, biologia e tanto mais. Enquanto que uma pessoa com inteligência emocional, possui melhor domínio de suas emoções no dia-a-dia, trazendo bem-estar a si mesmo e aos que os rodeiam.
Numa briga no ambiente de trabalho, onde todos participam e incitam o caos, aquele com inteligência emocional se difere, pacificando a situação. O que domina suas emoções não sente necessidade de se aparecer como superior aos demais, procura ajudar ao invés de puxar o tapete.
Quem possui inteligência emocional elevada trabalha a si mesmo em busca de constante evolução, foge da mesmice e da pequenez de baixos valores. Numa rede de fofoca, costuma ser o que rompe com a mesma. Num caso de intriga, busca a justiça.
Inteligência emocional permite a moldagem do caráter através do tempo. Dá ao ser humano que a detém o aperfeiçoamento de si mesmo perante a vida.
Dentre o conhecimento de inúmeros livros, números e fórmulas, para se viver bem, vale mais quem se torna vários de si mesmo e percebe a si próprio de diferentes pontos de vista. Quem tem o dom de se ver com clareza, também ao outro enxerga, na posse da chamada empatia e compaixão.
Num mundo onde diversas sociedades se entrelaçam num choque cultural, religioso e tantos outros, mais vale um culto pacificador e de excelente convívio, do que aquele que domina os números.
É claro que ambos são importantes e necessários. Mas no fim, uma vida feliz se faz mais com o coração do que com o cérebro.
No dia-a-dia, acabamos por querer conviver com quem nos entende e não com quem nos tenta explicar a vida através de seus conhecimentos individuais. A inteligência emocional une, agrega, multiplica aquilo do que mais necessitamos: o conhecimento da própria vida.
Não é à toa que nos dias de hoje, as empresas, por vezes, valorizam mais a inteligência emocional do que a inteligência lógica. Viver em sociedade tem sido cada vez mais difícil. O mundo precisa de seres humanos que se entendam, mais do que simplesmente daqueles que algo entendem.
Vale lembrar que tanto uma inteligência quanto a outra pode ser praticada e desenvolvida. Uns terão mais facilidade, outros menos. Mas como tudo na vida, o que vale é o querer e o esforço. Se não foi de nascença, se corre atrás! E isso também é a tal da inteligência emocional.
Mais informações, pesquise:
– Inteligência Emocional – Daniel Goleman
– Inteligências Múltiplas – Howard Gardner
https://youtu.be/d41FF6LuEIY