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” (…) o caminho não é uma linha reta, é uma espiral. Você continuamente volta para coisas que você pensou que entendeu para ver verdades mais profundas.”

(Barry h. Gillespie)

 

Por que afinal quando passamos uma fase ruim a deixamos de lado, como se nunca tivesse existido? Doeu tanto a ponto de merecer ser deletada? Só que da memória nada se apaga, na pior das hipóteses é direcionada para o subconsciente, onde ficam as questões mal resolvidas.

Sabe quando você era criança e cometia alguma traquinagem na escola e ia para o castigo num canto da sala? É o que a sua mente faz com aquilo que você não quer olhar, mas apenas esquecer, fingir que nunca existiu, como aquele ex, babaca do caramba, que você nunca mais quer lembrar e nem ver pintado de ouro.

Pior escolha! Não encarou, vai para o subconsciente e fica lá, pronto para eclodir de tempos em tempos, enquanto você não resolver a questão.

Ontem, numa sessão de Constelação Familiar Sistêmica, decidi olhar para algo que incomoda: o meu apartamento! Bem adquirido em meio a um divórcio conturbado, com pressa e sem ajuda de ninguém! Pior: sem experiência!

Por quatro anos morei ali, em poucos metros quadrados numa esquina barulhenta da cidade de Curitiba. Mas espera, não foi tão ruim assim. Por quatro anos me senti segura, tive um lugar bom para dormir e me proteger do mundo do lado de fora.

Fui criticada por muitos, pela compra considerada malfeita. Será? Ninguém me ajudou, então por que eu deveria aceitar a crítica? Acho que a crítica também veio de mim mesma algum tempo depois.

Fato é que o problema maior nunca foi o apartamento em si, mas o turbilhão de acontecimentos, como o adoecimento de um ente querido, a perda temporária de uma condição social, a transição de uma etapa de vida para outra e as dificuldades de alguém que estava simplesmente recomeçando.

Quando eu decidi constelar e olhar para o tema, pensava em finalizar um ciclo, com a venda do imóvel, mas a verdade é que a sessão de terapia, tal como é, me levou a visitar o desprezo guardado em meu subconsciente pelos anos difíceis, como o pouco que havia na geladeira.

Depois me lembrei, que foi nesta fase que tive o melhor emprego da minha vida. Não tinha lá um grande salário, mas tinha os melhores colegas de trabalho do mundo! Sim! Anos se passaram e eles ainda são os melhores que conheci. E nem acredito que um dia deixarão de ser.

Tem lugar que vira benção, quando um mundo de pequenas grandes pessoas se encontra. Tem gente que marca a vida da gente! E foi bem nessa fase em que eu fui mais marcada neste sentido.

Foi nesta época que fiz a minha Pós-Graduação! Publiquei cerca de dez livros! Fiz meus primeiros roteiros! Escrevi mais de duzentos artigos! Tive um namorado inesquecível e paixões para anos de novos artigos.

Visitei parques quase todos os dias. Assisti filmes em diversos cinemas, frequentei uma danceteria nos fins de semana com um dos melhores amigos que pude ter. Reaprendendo a ser solteira, me diverti! Dei gargalhadas que quando penso nelas, ainda sinto a vontade de rir do que vivi.

E então entendi. O meu apartamento, na verdade, foi um porto seguro. Agora está vazio e só posso desejar que ele seja palco e cenário de outras vidas, com ainda mais alegria e consciência, de alguém que não precise de tanto tempo para reverenciar o óbvio: tudo está no lugar certo, acontece na hora certa e com as pessoas que tem de ser!

Saiu do meu subconsciente e foi para o coração!

 

 

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2 Comments

  1. Youssef Rachid disse:
    11 de abril de 2021 às 18:55

    Oi princesa! E você como sempre arrasando nos seus escritos!
    jamais me esquecerei de você e das maravilhas que escreve.
    Parabéns por esse precioso texto e, sucesso em suas jornadas literárias!
    Um abraço e boa semana pra você coração!

    Youssef Rachid (Emery Sheell)

    Responder
    • Carolina Vila Nova disse:
      12 de abril de 2021 às 10:26

      Muito obrigada! Bem vindo ao site sempre!!!

      Responder

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