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Feliz dia da mulher? Só isso? É muito mais do que isso!!!

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É difícil homenagear uma mulher somente com um  “parabéns pelo seu dia!”.

Muitas pessoas, tanto homens quanto mulheres, não se dão conta do valor que toda mulher realmente tem. Não é clichê, não é modismo, é real! Mulher é foda! Ser mulher é foda!

No Brasil, um país secularmente machista e sexista, com casos de agressão e feminicídio acima da média mundial, tudo  é mais complexo ainda.

O homem da geração anterior, a Geração Baby Boomer, ainda era um homem provedor, que cuidava da casa, dos filhos e sabia se impor com respeito. A mulher era mais submissa e mais “desobrigada” de representar tantos papeis como agora (não tão cobrada quanto agora, embora fosse também). A minha geração de mulheres, a Geração X, vive uma contradição muito intensa em relação às características dos sexos – ela  foi obrigada a se superar de todas as maneiras possíveis e, em contrapartida,  suportar a estagnação do homem de sua geração. É triste demais!

Perceba! Hoje, as mulheres nem sempre podem contar com  o desempenho  do sexo oposto como provedor e/ou  cuidador dos filhos. No estado de São Paulo, mais de 40% das famílias são compostas por mães e filhos! Oi??? Cadê os pais???

Estamos vivendo uma epidemia de crianças sem pais em todos os sentidos: não tem pai em casa, não tem pai na reunião da escola, não tem pai pagando pensão, não tem pai quando o filho fica doente, não tem pai para nada! E quando tem, às vezes está batendo na mãe da criança…

E haja força para a mulher “ se virar nos trinta”, para que essa criança não cresça odiando a tudo e a todos, nutrindo o  buraco que cresce junto com ela por uma ausência que não será preenchida por nada. Será que precisamos de mais  estudos para fazer uma conexão deste “buraco” com o aumento absurdo de problemas psicológicos na sociedade, especialmente na Geração Y?

Enquanto a mulher da minha geração se tornou pai e mãe, o homem foi para a gandaia e também se esqueceu de acompanhar a mulherada nos estudos e no trabalho. O número de graduações e pós-graduações concluídos por mulheres literalmente disparou à frente dos homens na nossa geração.  Isto desenvolveu em paralelo, também a necessidade de buscar o autoconhecimento para dar conta de manter o próprio equilíbrio de lidar com tantas demandas de exigências. Vá para um curso de Constelação Familiar Sistêmica, Theta Healing, Barra de Access, Heiki, Xaminismo, Espiritualismo, Filosofia, Coaching ou o que for –  e analise se a maioria, são homens ou mulheres. Converse com alguns homens da minha geração sobre inteligência emocional ou autoconhecimento e logo chegará a uma evidência  que dispensa maiores pesquisas

A mesma mulherada que cuidou dos filhos, da casa, dos estudos e fez uma carreira também foi para a academia, fez pilates, pôs Botox, fez cirurgia plástica e está jovem aos 40 ou aos 50 anos de idade, de forma assustadora. Parece que não se fazem mais mulheres como antigamente. E não fazem mesmo!

A mulher da minha geração aceitou um nível absurdo de exigências que veio de todo lado da nossa sociedade e que atualmente e infelizmente,  ela mesma tem se encarregado de  propagar:

Estude! Trabalhe! Cuide do seu filho! Cresça! Seja bonita! Tenha dinheiro! Seja independente! Saiba cozinhar e continue cuidando da casa! Não esqueça de ter toda essa força masculina, mas ainda se manter feminina! Tenha cabelos longos, unha feita, sobrancelha e depilação em dia, salto alto, maquiagem, sex appeal, blá blá blá.

E não é que a mulher deu conta? Deu sim, camarada!

Não conheço uma mulher da minha geração, que tenha ficado para trás! Algumas, infelizmente, ainda se submetem a homens machistas e se escondem para não diminuir o macho, mas estão com todos os quesitos em dia! Só não podem mostrar, né?  Senão…

A mulher da minha geração é simplesmente foda! Não que as outras não tenham sido, são sim. Mas a minha geração teve que superar , simultaneamente, a ausência do homem e a  sua pressão em todo lugar. Faz isso, faz aquilo, seja isso, seja aquilo. “E não reclame, reclamar é feio, fica parecendo feminista…”.  Sei…

Somos foda mesmo! Nos tornamos! À duras penas!  E aí eu pergunto: o que os homens da minha geração tem para mostrar de superação em relação à geração anterior?

Homens continuam com salários mais altos, mesmo tendo menos trabalho em casa e quase nenhuma responsabilidade com os filhos, considerando os 40% que mal registraram o sobrenome dos descendentes em suas certidões ou simplesmente foram comprar um cigarro, para nunca mais.

Os machões da Geração X até foram para a academia e ficaram marombados, mas aí,  deixaram alguma coisa para trás, não é não?

Queria ver uma lista de homens igual a lista acima das mulheres. Cadê, os que cuidaram dos estudos, trabalhos, casa, filhos e aparência com sucesso em todas as áreas ao mesmo tempo, sem ajuda de ninguém e sem deixar nada para trás?

Sim! Existem, eu sei. E para vocês, eu tiro o meu chapéu, bato palmas e se bobear fico de joelhos e agradeço à Deus. Mas mesmo vocês, sabem que são poucos. Vocês estão numa geração não muito bem representada. Sinto muito. Não é culpa das feministas que estão apontando o dedo. Elas só pedem o mesmo nível de evolução!

E aí, vem o “Mané”, sem consciência de si mesmo, que tem um diploma mais ou menos, ou nem tem, tem um trabalho mais ou menos, um filho que não assumiu, uma aparência mais ou menos, uma independência mais ou menos, com alguém que cuida da casa para ele, seja a mãe, a namorada ou a diarista, querer mandar nesse mulherão foda que se criou! Ou pior: quer abusar dela de várias formas (emocional, física, psicológica ou financeiramente), bater ou matar!

Aí dizem por aí, que feminicídio não existe, negando uma realidade malvista, encoberta e dissimulada que mata além do que a suposta capacidade do Corona Vírus.  Enfatizam, sem nenhum fundamento, que feminismo é um exagero, desnecessário e até convencem umas e outras desse “mal”.

Eu dou graças à Deus ao feminismo que me permite ser escritora, senão, teria que me casar e pedir para o meu marido que publicasse meus livros e artigos em seu nome, como era antigamente. Que coisa, não? Quem não entende bem os passos arduamente trilhados e conquistados pelo feminismo, sugiro que desperte, estude  e aprenda!

Se relacionar com um homem da minha geração tem sido difícil. Traição, mentiras, inconsistências e incoerências sem fim. Não há admiração que perdure ou paciência que ature! Sem falar dos casados que sempre se apresentam como “em fase de divórcio em andamento” continuamente, sem a menor vergonha na cara. Há escassez de boas opções e crise de confiança no gênero.

E aí, eu chego ao fim desta reflexão com a pergunta: “feliz dia das mulheres” é suficiente para você? Porque para mim não é! Sou feliz sim, porque faço parte da lista acima, da mulher que estudou, trabalhou, cuidou do filho sozinha, cuidou da casa e da aparência e ainda criou paralelamente uma carreira artística. Mas eu me sinto indignada pela falta de um parceiro à altura. Eu sei, eu sei, eles existem, mas ainda é minoria.

Somos hoje, uma  classe de mulheres que tem que fazer tudo aquilo já listado lá em cima e ainda se proteger do machismo, sexismo, assédios, violência, perigos na rua, ter que  buscar morar num condomínio fechado e absolutamente seguro para não correr inúmeros riscos letais , advindos de… homens! Lidar com os assédios sem fim via Facebook, Instagram e LinkedIn, além dos habituais meios já tão conhecidos.

Somos sobreviventes de tudo! Do excesso de trabalhos e exigências, sem o devido respeito e reconhecimento do que fazemos. Da violência, arrogância e pouco caso dos homens que não percebem a própria pequenez e ignorância. Da solidão pela falta de homens à altura.

E então, “Feliz dia das mulheres”? Que dia, que nada!

Felicidade de uma geração inteira será quando  o Homem  for buscar o filho na escola e virar pai de verdade, trabalhar e pagar as contas sem reclamação, lavar uma roupa e saber fazer um jantar com amor, ir para a academia e se tornar uma pessoa íntegra, que não busca sexo à torto e direito, pela falta da consciência de si mesmo, como válvula de escape para tudo o que não entende, enquanto minimiza um prazer que poderia ser muito maior e benéfico, se fosse usado com inteligência e maturidade.

“Feliz dia das mulheres” será quando Ela não precisar de tanta “força masculina “ para fazer o que o homem não faz, cobra da mulher para que ela faça e ainda espera que ela se coloque abaixo dele.  O que a gente espera mesmo é que o homem conquiste o seu dia, a sua própria valorização como ser humano, de homem consciente, que luta, batalha, cresce, assume suas responsabilidades, sabe ser maduro, forte e verdadeiro.

Feliz será o dia em que as qualidades serão iguais. Ninguém melhor do que ninguém. Mas os homens ainda pensam que são melhores. Como é que pode???????

Minha felicidade como mulher mesmo vai ser o dia em que eu puder abraçar todos os homens que eu conheço e desejar “Feliz dia do homem”, porque eles conquistaram o mesmo nível de evolução, de maturidade, de força, responsabilidade e transparência. Não haverá dia mais feliz! Depois disso, nem precisa mais do “Feliz dia das mulheres”! Felicidade alcançada é vivida todos os dias.

Final feliz finalmente!

 

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