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Gentileza seletiva

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Muito se fala hoje em dia sobre gentileza, cultivo de pensamentos positivos e o constante sorrir. Creio ser positiva uma era, em que a maioria das mensagens, através de redes sociais, seja algo do tipo. Porém, observando o mundo como este realmente está, percebo facilmente os valores acima de forma seletiva. Há quem sorria o dia inteiro e fale gentilmente, quando está num círculo pré-determinado, no meio dos “seus”.

Ao mesmo tempo em que ser gentil, e principalmente falar sobre isso, está na moda, também se pode facilmente ler ou ouvir falar do “excluir”. “Ah, não faz bem para você? Exclui! Se afasta! Desapega! ”.

Me pergunto sobre até que ponto este “excluir” ou “se afastar” não pode vir a ser um sentimento de superioridade. Por vezes, crueldade ou ainda um bulling, disfarçado de proteção da autoestima. Com que naturalidade estamos tornando as pessoas à nossa volta algo descartável e sem valor? “Ah, não gostei, vou me afastar, vou excluir…”.

É muito fácil ser gentil, educado e simpático com quem a gente gosta, não há mérito nisso. Creio ser necessário atualizar os posts nas redes sociais, para que fique clara a necessidade de sermos gentis com quem não gostamos. Isso se chama ética. E acima de tudo uma necessidade para a evolução do mundo em que vivemos. Eu não mudo o outro que me incomoda, mas mudo a mim mesmo, me tornando mais tolerante e menos prepotente.

Temos que parar de acreditar que somente as pessoas que nos agradam merecem o melhor de nós mesmos. Não há mérito nisso, mas egoísmo, fraqueza, covardia e hipocrisia.

Vivemos uma era de multidões. Somos muitos na escola, na faculdade, no trabalho, na academia, nos parques, ruas, shoppings e todo lugar. Se antes vivíamos em pequenos núcleos familiares ou como os de cidades pequenas, hoje, todo lugar parece estar se tornando algo muito maior e eclético no sentido de pessoas.

Confesso que tem sido difícil ser gentil nos dias de hoje. Por vezes me sinto massacrada, ao mesmo tempo em que devo pedir desculpas por existir. Enquanto uns tentam arrastar nossa autoestima ladeira abaixo, outros se sentem extremamente ofendidos com nada, nos fazendo pisar em ovos. Sinto na pele o velho ditado: “Pimenta nos olhos dos outros não dói”.

Levei anos para adquirir a maturidade de ser ofendida e não reagir. A tranquilidade de ser apedrejada e questionar os motivos de quem está jogando as pedras. Quanto mais nos tornamos adultos, mais histórias de dores temos para contar, e com elas, uma força que nunca se teve antes, e nem supostamente se sonhou ter.

O despertar da consciência para um comportamento realmente ético e gentil, provém de uma sequência de dores, que nos tirou do lugar comum à força, arrastados. Ninguém se move rumo ao crescimento interior por diversão, ocorre à duras penas.

Se você sente, que se encontra nesse estágio, sabe bem que não é fácil. Aprendemos com dificuldade a arte da gentileza, mesmo para com os que nos desgostam. E depois disso, começamos a perceber que estamos rodeados de pessoas, que outrora fomos iguais. Não é fácil olhar para nossos semelhantes e nos vermos neles em um estágio anterior. Então, passamos pela lição da compaixão, pelos demais e pelo o que um dia fomos.

Evoluir é bem mais do que ser gentil, escrever, ler ou postar frases positivas e coloridas. O crescer, que nos molda a alma, tem a ver com o aceitar de tudo aquilo, que de mim difere, sem exclusão.

Ser gentil com quem se gosta não significa nada.

Ser gentil com quem não se gosta, sim. E então se percebe um novo ponto de vista. para o que também pode se chamar ética.

Antes ser gentil, tente ser ético. E a gentileza nada mais será do que uma consequência em todos os seus atos.

 

 

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