Das minhas poucas paixões: escrever, nadar e gatos!
Tive gatos desde menininha. Me lembro deles desde os dois anos de idade e assim tem sido toda a vida.
Aprendi a nadar aos quinze e jamais deixei de amar a sensação de flutuar na água.
Escrevo desde os sete. Poemas, crônicas e poesias começaram aos dez.
Essas três são minhas paixões. Não apenas porque fazem parte de uma lista de coisas que gosto, mas que me fazem feliz em qualquer circunstância.
Conta a minha família que quase morri afogada aos cinco anos. Fui tirada do fundo de uma piscina pelos cabelos e passei por respiração boca a boca logo em seguida e reanimada. O engraçado é que desta parte eu nada me lembro, mas me recordo perfeitamente do fundo da piscina, quando de olhos abertos, em pé, eu tocava os azulejos e admirava a visão turva e a sensação de estar embaixo d’água.
Me tornei nadadora profissional dez anos depois.
Dos gatos, só mordidas e arranhões.
Escrever nunca foi risco. O risco é escrever sobre tudo.
Se para os demais escrever, nadar e gatos não significam nada, o importante é que se saiba o que desperta o melhor de si mesmo para os risos fáceis, alma leve e momentos de paz num dia de cão.
As paixões não são apenas aquelas raras pessoas que nos presenteiam com sentimentos avassaladores por um curto período de tempo, mas os gostos que ficam enraizados na alma e que tem o poder de nos tirar da miséria da vida.
Nossas paixões devem nos servir para os momentos ruins, de crises, solidão e depressão. Tem gente que ama carros antigos, outros adoram cachorros, alguns querem ir pescar, tantos mais preferem a pintura, o desenho, outros fotografam ou cozinham, e por aí vai.
Não importa o que se gosta e se agrada os demais ou não, mas importa que se saiba, se conheça e se reconheça!
Um caminhar na calçada num dia de sol, um sanduíche de mortadela que remete à infância, um jogo de damas, uma música antiga, uma boneca velha, não importa. O que interessa é cuidar da criança dentro de si, daquilo que toca o coração e conforta nos momentos difíceis.
Já viu um velho sem dentes sorrir com o riso de uma criança ou com a estripulia de um bichinho de estimação? Isso é paixão! O que libera o riso e contagia quem quer seja! O que alimenta a vida na sua camada mais profunda e a faz transbordar.
Saber de suas próprias paixões, ainda que pareça algo simples, faz parte do auto conhecimento de cada um. Lição para ser refeita a vida inteira.
O cuidar das paixões significa o se auto cuidar!
Parte de uma boa autoestima e verdadeiro significado de amar a si mesmo!
2 Comments
Do dia da piscina eu me lembro! Graças a Deus que não ficou traumatizada mas que foi duro a todos a volta, foi! De repente a Tia Guta voando de vestido (que naquela hora para parecia uma capa de super herói) para dentro da piscina é uma cena inesquecível porém de aprendizado para todos.
Agora, a paixão pelos gatos, essa “traumatizou” a todos. Não deixa de ninguém e cada dia mais um de nós se contagia!
Sério, Lu??? Eu jurava que esta historia tinha acontecido em Salto Grande…. ???? Mega confusa agora, kkkkkkkkkkkkk
Obrigada por ser minha leitora e amiga tão motivadora, além de prima linda!
Beijos
saudades
bj no primo árabe e no Mika!