O aplicativo Tinder é mais um, entre vários meios, que promovem encontros amorosos de forma virtual. Entre sites, redes sociais e salas de bate papo, hoje em dia os aplicativos para celular também se tornaram muito práticos e comum. Na prática funciona assim: o usuário se cadastra, podendo utilizar seus dados de rede social e configura seus interesses como faixa de idade e localização da pessoa a ser encontrada. Rapidamente o aplicativo mostra o resultado através de fotos. Por exemplo: homens entre 20 e 30 anos e no máximo a 20 quilômetros de distância. Em cada foto se tem a opção de curtir a pessoa ou não. No caso afirmativo, se do outro lado a reação for a mesma, se tem uma conexão e conversas se tornam possíveis. Senão não.
Aplicativo muito simples e eficiente, permite encontros de forma rápida. Mas também mexe com a cabeça de muita gente. E em vários sentidos.
Considerando a facilidade, rapidez e eficiência do aplicativo, fica clara a alta rotatividade com que alguns usuários começam a se utilizar das pessoas. Alguns se envolvem com os demais nem sempre de forma tão transparente. Se de um lado a pessoa encontrada está acreditando num relacionamento, a outra pode estar apenas alimentando seu vício em experimentar novos encontros.
O aplicativo não vem com qualquer manual de instrução. E nem é preciso, tamanha sua facilidade. Mas como muita coisa na vida, e principalmente do mundo moderno e mutável em que vivemos, seria interessante que se soubesse mais a respeito, antes de se cadastrar. Ao menos para um amparo emocional e psicológico. Sim, pois para muitos é algo encarado como um jogo ou uma brincadeira.
Antes de mais nada, se é exposto. Muitos verão sua foto e podem saber quem você é. Muitos podem não gostar de você e simplesmente não curtir sua foto. E é praticamente a mesma coisa que acontece numa balada. Você olha para alguém ou não. Isto não deve ser considerado rejeição. Algumas pessoas se sentem atraídas por umas e não por outras, é natural.
No caso de uma curtida inicia-se uma conversa, que também tem o poder de ser atraente ou não. A partir dali pode haver um ponto final, que não é citado, simplesmente acontece. Isto também não é rejeição, é falta de afinidade ou desencontro de interesses.
Caso a conversa flua e haja um encontro real, ainda haverão as análises naturais que também ocorreriam numa balada: a famosa “química”. Se avalia mais uma vez a conversa, os gestos, os motivos dos risos. E claro: a aparência, a roupa, o tom de voz, e por aí vai. É natural se buscar o que é bom do nosso ponto de vista. E se desta avaliação também não surtir aprovação, não é rejeição, é falta de afinidade. Não deu e pronto. Este tipo de coisa acontece todos os dias: na rua, no trabalho, na escola. Não tem que se sentir rejeitado ou descartado por isso.
Há de se ter bom senso. Ninguém gosta de perceber reações negativas em relação a si mesmo, mas faz parte da vida. Ninguém é aceito por todo mundo em lugar algum e isto também vale para a vida amorosa.
Uma vez cadastrados, o Tinder e aplicativos afins nos mostram como produtos. E vice-versa. Outras pessoas também se expõem para nós para serem escolhidas ou não. Tem de se ter ciência das possibilidades. Sei de pessoas que se casaram e já tiveram filhos através do encontro pelo Tinder. Deu certo! Mas há casos em que há namoros e rompimentos, um dia de encontro e outro dia de decepção. Faz parte do aplicativo, como faz parte da vida.
Pode ser que se tenha sorte e se encontre o grande amor da sua vida ali. Ou não. Mas se vale a tentativa, também vale encarar os riscos.
Se é aceito por um, por outro não. Encontros e desencontros!
Com sorte ou persistência, uma hora dá!