Imagine um dia ruim. Trânsito, batida de carro, dor de cabeça, briga com o chefe, humilhação, multa, conta atrasada, decepção com o melhor amigo ou com o seu namorado. Quando você volta para casa, fica sozinho e pensa: no fim do dia, o que importa? O que faz diferença em sua vida, para se tornar capaz de ignorar todas essas coisas, se tornando superior a isso tudo?

O dinheiro? A beleza? Sexo? Juventude? As melhores festas que você já foi? As viagens que fez? O sucesso que atingiu? O status que conquistou? A sua posição na empresa em que trabalha?

Se você sofresse um atentado, pensaria na sua casa, na sua conta bancária, nas brigas que teve no trabalho ou nas pessoas que frustraram você ou lhe magoaram de alguma forma?

Ou se descobrisse que irá morrer em poucas semanas, será que pensaria em algum problema ou ponto mencionado acima?

A vida passa rápida demais, nos distrai com os inúmeros compromissos, afazeres, dificuldades, banalidades e burocracias sem fim. Por isso fala-se tanto em foco para vencer na vida e também para ser feliz. É preciso maturidade e muita força para seguir e manter os olhos em uma única direção.

“Orai e vigiai”. Preste atenção e siga em frente. Reconheça os seus valores e o que é importante para você, todo o resto são distrações que lhe tiram do trilho, fazem parte da caminhada, mas não é o que verdadeiramente importa.

Muitas são as pessoas que irão testar nossos limites, serão nossos melhores professores, nos mostrando e provando a força que temos. As dores e mágoas que irão nos despertar servirão também para aprendermos o dom do perdão, algo quase impensável para a maioria.

Todas as dificuldades da vida servem para nos fortalecer, transformar e nos moldar características essenciais ao processo de evolução como resiliência, paciência, compaixão e por consequência o verdadeiro sentido de amar ao próximo como a si mesmo.

Depois de um dia ruim ou do pior dos dias, podemos até nos fazer de vítimas por alguns instantes, mas quando passamos por uma situação realmente grave é que nos lembramos do que realmente importa no fim do dia: aqueles que amamos. E nada mais.

Nossos pais, nossos filhos, irmãos, tios, primos, avôs. Os verdadeiros amigos que passam a vida conosco e estão ali sem qualquer julgamento e por sorte um verdadeiro amor.

O que importa no fim do dia e por toda uma vida são aqueles a quem podemos chamar de nossos. O bem maior. O amor que nos sustenta nos piores e melhores momentos. Aqueles que fazem com que no fim do dia ainda tenhamos um lugar para voltar. Alguém para amar e nos amar.

O que importa no fim do dia é o amor que se tem.

Simples assim.