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A ansiedade em mim

3 de novembro de 2015
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Sou mais uma pessoa, dentre as milhões mundo afora, que sofre de ansiedade. Sempre sofri. Mas não posso afirmar esta frase utilizando o verbo “sofrer”.

Segundo o dicionário tradicional, ansiedade significa: “comoção aflitiva do espírito que receia que uma coisa aconteça ou não”. Ou ainda: “sofrimento de quem espera o que é certo vir; impaciência”.

Se consultarmos um livro de psicologia ou psiquiatria encontraremos algo mais profundo e específico como: “ansiedade é um estado psíquico de apreensão ou medo devido à antecipação de uma situação desagradável ou mesmo perigosa, acompanhado de sintomas somáticos de tensão. O foco de perigo antecipado pode ser interno ou externo”.

A maioria das pessoas em toda parte do mundo parece sofrer de ansiedade. É algo tão comum, que ninguém enxerga mais este sentimento como uma perturbação. Dentre tantos níveis de tal distúrbio, nos reconhecemos um nos outros, quando o mesmo se mostra ansioso, seja lá pelo que for.

Já teve época em que compensei minha ansiedade no consumo do açúcar. Depois de um tempo, a satisfação de minha carência afetiva se tornou o alvo de meu infortúnio. Como se relacionamentos, de alguma forma, pudessem resolver o turbilhão de sentimentos desordenados que tantas vezes carregamos em nós mesmos.

Hoje a ansiedade me causa insônia. Me faz sonhar acordada com um dormir desnecessário. Me pego pensando no que ainda não fiz. Os livros e as histórias que ainda não escrevi. As festas em que ainda não fui e os amores que ainda não tive. As viagens que estão no futuro e a proximidade tão desejada por quem amo. Às vezes até penso no sucesso que ainda não veio, na casa que não tenho ou coisas do tipo. Mas a materialidade não me tira o sono de verdade.

A minha ansiedade parece ser de alma, de um espírito que precisa viver mais do que simples vinte e quatro horas. De um inconsciente que deseja acordar a gritos um consciente surdo e quase mudo. Meu anseio vem de todo amor preso ainda em mim, pela falta dos que sentiriam a profundidade do que sinto. Minha ânsia de viver é grande sim, mas não é do medo do dia seguinte, nem de nenhum lamento do passado. Minha ansiedade vem do querer um agora mais intenso, mais brilhante e cheio de risos.

Meus anseios me tiram o sono, me fazem fechar os olhos e ouvir as gargalhadas que moram em mim. Mesmo com toda a dor que eu conheço, existo para viver o sublime. Ao menos pra mim foi o que me permiti.

Minha ansiedade é ânsia de vida. Vontade de viver mais, não em anos, mas em intensidade e significação. Quanto tempo passamos, sem sentir aquele segundo, que finalmente faz a vida toda ter um significado?

Meu frio no estômago é ânsia de consciência, de sentir os significados da vida. E só às vezes, raramente, me permitir um dia sem sentido, de monotonia e ordinário como a maioria dos dias são.

Ansiedade, dependendo de sua intensidade, pode ser considerada doença, tem sintomas, diagnóstico e tratamento. Eu não sou médica e nem psicóloga, mas acredito que minha ansiedade é uma grande e constante rebelião. De um espírito livre, pronto para mergulhar, numa vida cheia de amor e realizações, com pessoas e amores de todo tipo.

Minha ansiedade é de vida.

E o meu remédio é vida também!

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