Foi se o tempo em que a maioria das mulheres olhava para as demais como inimigas, procurando defeitos como excesso de peso ou falta de beleza para se sentir superior àquela ou àquelas.
Até pouco tempo atrás via-se muito o mútuo xingamento entre uma e outra sobre o suposto excesso de sexualidade: “galinha, vaca, piranha” etc. Tudo era motivo para se nomear uma mulher, com a intenção de diminuí-la, quando acabávamos fazendo uma diminuição de nós mesmas. Somos mulheres, somos iguais, sofremos os mesmos preconceitos, as mesmas traições, desrespeito, violência e suposta inferioridade.
Passamos da época de brigar com as amantes de nossos maridos, para compreender que o erro não está na mulher que provavelmente também foi enganada, mas no homem, que desrespeitou duas mulheres ao mesmo tempo com a sua falta de hombridade. Finalmente estamos dando as mãos, através da compreensão, de que devemos apoiar uma às outras e não mais derrubar umas às outras por uns e outros que sim deveriam mudar dos pés á cabeça suas falhas de caráter e honestidade.
Estamos dando um basta à violência cada vez que nos colocamos atentas a uma agressão ou assédio e ajudamos uma desconhecida. Estamos nos fortalecendo a cada vez que elogiamos uma mulher que precisa ter sua autoestima elevada. Nos tornamos melhores toda vez que enfrentamos situações contra uma mulher, seja ela quem for. Finalmente compreendemos que unidas somos mais fortes e teremos a chance de transformar um país machista em um país que respeita suas mães, filhas, irmãs, tias, primas, amigas, namoradas, professoras e tantos papéis que vivemos todos os dias.
Na Escócia, um dos países mais desenvolvidos da Europa, há oficialmente o menor índice de infidelidade do continente, uma vez que quando um homem é infiel, todas as outras mulheres o excluem de futuras relações, como um bode expiatório para que os demais compreendam como devem tratar suas mulheres. E funciona!
Ainda temos muito que evoluir e aprender, mas hoje somos mais amáveis umas com as outras. Nos protegemos mais. E não permitimos que sejamos diminuídas ou feridas sem o apoio que sempre deveria ter existido entre nós.
Assim, não estamos mais sozinhas. E juntas vamos mudar o mundo!
Pode até demorar, mas sim, estamos no caminho certo!