Recentemente comentei com uma nova amiga a experiência que havia tido com uma taróloga há pouco mais de dois anos atrás. Naquela época a mulher fez uma previsão, dentre muitas, que se concretizou de maneira surpreendente.
Eu tinha acabado de entrar numa empresa multinacional. E ela disse: “Você vai trabalhar muito este ano. Vai se cansar. E você sabe que vai estudar, não é? Mas você não vai ficar muito tempo nesta empresa. Você vai para uma empresa mais tradicional em março ou abril de 2015”.
Fato é que ela errou apenas em um mês. Em maio deste ano eu realmente comecei a trabalhar em outra multinacional. E bem mais tradicional. Além disso, eu trabalhei muito na empresa anterior e concluí uma pós-graduação que fui motivada a estudar.
Minha amiga ficou tão curiosa, que quis marcar uma consulta imediatamente. E eu, relembrando tudo o que ela havia previsto, resolvi visitá-la mais uma vez. Com a certeza de sua aptidão, confesso que senti alguns receios. Não tinha qualquer dúvida de seu talento para adivinhação.
Se na primeira vez ela tinha iniciado as cartas afirmando que eu estava em um momento crucial da minha vida e que tudo ia depender do caminho que eu escolhesse ali, desta vez o início se deu de forma bem mais positiva: este é o meu ano de cura e toda verdade se revela para mim. É tanta verdade que posso vir a sentir tonturas por isso.
Dois anos antes, eu não obtive as respostas que gostaria de ter tido sobre o amor e sobre os meus livros. Tudo que me foi afirmado é que dependeria do meu grau de consciência a partir dali. Mas agora, o futuro me apareceu bem mais promissor.
Intrigante foi eu perguntar sobre uma pessoa e as cartas me mostrarem outra. Antes de tudo, eu deveria saber sobre a última relação que havia tido. E eu já sabia que não era alguém para mim. Mas as cartas fizeram questão de intensificar esta certeza, mostrando ainda mais a falta de caráter de tal pessoa. Só depois disso, de deixar claro o que ficou para trás, é que as cartas revelaram o que vem no futuro. Segundo elas, o amor chega em breve, ainda este ano, alguém igual a mim: “Vocês são tão parecidos, que terão a impressão de que se conhecem há séculos. E se conhecem mesmo…”.
Sobre meu sonho de ser uma escritora reconhecida, ela afirmou categoricamente: “Você já fez isso antes. E se deu muito bem no planeta. Mas você era homem: um escritor”.
A minha segunda consulta foi tão mais surpreendente do que a primeira, que até assusta. Em nenhum momento contei para a senhora que trabalhava numa montadora de automóveis. Mas ela me disse: “Na crise tem empresas que se sobressaem. E a empresa onde você trabalha está fazendo isso com destreza. E olha que o que ela vende é muito caro…”. Dentre tantos outros acertos.
Nada do que a senhora falou me deixou em dúvida. Mas o melhor de tudo foi a possibilidade de comparar o que as cartas me traziam agora e o que elas tinham me trazido dois anos antes. Ficou claro que naquele momento crucial, eu consegui escolher o caminho certo.
A taróloga continua uma autoridade em sua área. E por toda sua precisão e conselhos, a senhora das cartas só obteve ainda mais o meu respeito e admiração.
Embora eu não entenda como ela pode saber tanto, entendi que seu trabalho e o de suas cartas é mostrar o melhor que cada um tem a atingir de si mesmo.
No mais é tudo uma questão de escolha e respeito pelo livre arbítrio.
Quem quiser acredita.
Quem não quiser, não.