Muito se fala sobre metas e desejos quando um ano termina e outro se inicia. Natural. Todo ponto de partida nos leva a refletir sobre o que foi realizado e o que ainda desejamos realizar. Há de se mencionar a diferença entre o que é meta e o que vem a ser desejo. Enquanto meta é um objetivo que traçamos para nós mesmos, como emagrecer ou fazer esportes, dependendo de nossos próprios esforços, desejo é algo que depende de fatores externos, como ganhar na loteria ou encontrar um grande amor.
Algumas pessoas brincaram com o fato de vir a realizar no ano novo o que prometeram no ano passado e não cumpriram. Achei uma pena. Por dois motivos: pela não realização e pela falta de mudança nos objetivos.
Eu particularmente tenho mudado meus objetivos quase todos os anos, pois tenho minha vida em movimento constante, como acredito que deve ser. Já os desejos continuam os mesmos: amor, saúde, dinheiro e paz.
Meus últimos três anos pareceram uma volta de montanha russa. Me divorciei. Mudei de casa. Aprendi um novo trabalho. Passei por um problema grave. Mudei de emprego. Escrevi muito e sofri. Aprendi e cresci. Me descuidei de mim. Não havia tempo para isso.
Então terminei o ano assim: escrevi o meu décimo livro entre o natal e o reveillon, algo que aguardava para fazer há uns dois anos. Meta cumprida, decidi compensar o tempo de descuido comigo mesma. Terminei o ano e comecei o novo com um check-up. E meu compromisso comigo mesma será de um novo condicionamento físico.
Se o ano retrasado significou tomada de consciência e o ano passado o ano de cura, que este seja o ano da colheita. Consciência e espiritualidade renovadas, chegou a vez do corpo ter o seu agrado e devido cuidado. Pode parecer pouco, mas o equilíbrio entre corpo e mente bem trabalhados podem significar muito mais do que apenas saúde física, mas bem estar emocional, alegria e motivação.
O amor que ainda não chegou não depende só de mim. Cuido de meus pensamentos e energia tentando atrair o melhor e afastar o que nem vale a pena.
Meus livros falam por mim e meus textos tem vida própria. Sinto pelos amigos que se foram, mas deixo a porta aberta para os novos que vierem. Sentida pelo marasmo e falta de planejamento com viagens, já comprei passagens para o carnaval.
Ao mesmo tempo que tomo algumas decisões também aceito o velho “deixa a vida me levar”. Já aprendi que quem está no comando não sou eu. Sempre deve haver espaço para resiliência e humildade com o que vier. A vida surpreende com situações inesperadas, que sempre acabam com uma lição.
Apesar de parecer pouco, uma meta só, se bem cumprida, muda toda uma vida. No mais, tento fazer a minha parte sempre: trabalhar, sonhar e amar, todos os dias!
Pensamentos positivos como um novo padrão de pensamento. Amor ao próximo na forma de não julgamento. Estamos nos transformando, um pouquinho a cada dia. Nenhum dia é igual ao outro, nem as nuvens no céu, assim como nós mesmos. Felizmente. Cada dia, novas possibilidades, novas histórias, novas chances para se reinventar e evoluir.
Mais importante do que definir uma meta e cumpri-la é o simples desejo de se tornar alguém melhor. Não melhor do que ninguém, mas melhor do que já se foi: ontem e agora a pouco. Pois este é o sentido da vida: crescimento e evolução. De preferência no amor e com amor!