Há pouco tempo, uma pessoa muito querida tentava me abrir os olhos …
_ “Carol, às vezes, ser pró ativa demais, pode ser um erro. Você faz muito. E expõe o que faz para os outros, dando de graça o que você fez, para quem nem se esforçou por aquilo, que você fez!”. Ela fazia questão de entonar a voz quando dizia você.
Eu confesso que tentei compreender, de que forma duas qualidades tão positivas, como proatividade e presteza, podiam ser negativas e de que maneira. Guardei para mim a informação, para “processar” com o tempo. Em algum momento suas palavras poderiam fazer sentido.
Mais tarde, num processo de Coaching, fiz um teste conhecido como “Os Auto Sabotadores”, criado nos Estados Unidos por Shirzad Chamine, presidente da maior organização de treinamento de coachees do mundo.
Segundo seu criador, todos nós temos dez auto sabotadores, que podem nos influenciar num determinado grau.
São eles:
Para minha surpresa, eu só tinha dois sabotadores que se sobressaíam um pouco. Segundo o meu Coach, os resultados costumam ter gráficos com valores acima de sete para cada sabotador, enquanto o meu apresentava valores de no máximo cinco. E lá estavam os meus sabotadores principais: Presteza e Hiper Realizadora, exatamente como minha amiga havia mencionado meses atrás.
Eu ainda levei tempo para compreender. E continuo refletindo este novo conhecimento, para uma transformação assertiva.
Me questiono, sobre até que ponto fazer e ajudar os demais pode ser algo ruim. Considerando a intenção de ser útil e colaborar com pessoas, penso que está tudo certo. Me vale lembrar que estamos num mundo onde nem todos são assim.
Meu Coach também afirmou, que devo repensar a maneira como enxergo as pessoas. “Nem todos são bons como você, talvez você acabe sendo um pouco inocente neste sentido”.
“Hum” …
Inocência não consta no teste dos Auto Sabotadores, mas ok, entendi! Está certo! Agora faz sentido!
A verdade é que vivemos num mundo cão, principalmente quando se trata do mundo corporativo. Nem todos estão preocupados em alcançar um objetivo em comum, mas somente os seus. Muitos não estão interessados em fazer e agir, mas usufruir do que outros já tiverem realizado e exibi-los como se seus próprios feitos. E a quem realmente fez alguma coisa, acaba ficando na sombra de quem usufruiu de sua realização, sem o justo reconhecimento.
É muito interessante compreender como trabalha e funciona nosso inconsciente. Por algum motivo ou vários, eu acabava sempre fazendo demais e oferecendo minha colaboração a muitos. Com o tempo, claro que pude perceber, na prática, as más intenções de uns e outros, mas até então, considerava a falta de escrúpulo do outro e não a minha abertura em excesso para fazer e ajudar.
Lição aprendida!
Enquanto estiver neste mundo, não poderei contar com a transparência e caráter, infelizmente, da maioria.
Ser bom, inocente, transparente, útil e cooperativo são coisas de outro mundo!
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Coach responsável: Aldo Montes, site: http://www.aldomontes.com.br/