Se tem algo que eu não gosto, eu posso dizer que é futebol. Na verdade, acho que não tenho nada contra o se jogar futebol, mas admito não gostar da energia predominantemente masculina destinada ao esporte. Os homens parecem que se transformam ao ver ou ouvir uma partida. Quer ver um exemplo? A gente chega num restaurante, achando que vai ter uma noite romântica e lá está a televisão ligada num canal esportivo. Esqueça o romantismo se o esporte for o tal. A “baixinha, branca e gordinha” parece que exerce mesmo um poder mágico sobre a maioria dos homens.
Sabemos que o espírito de competição é mais forte nos homens do que nas mulheres. Mas num jogo de futebol, muitos homens extravasam mais do que o desejo de vencer. Eles literalmente lutam: batem, socam, gritam. E em seguida estão unidos novamente falando ou discutindo sobre a partida.
Mais de uma vez, ouvi de umas colegas sobre um certo campeonato aqui na cidade. Elas não curtem futebol, mas admiram as coxas expostas nos shorts curtinhos de certos jogadores. Soube que elas já foram ao clube só para assistirem “a partida”. Sei… É engraçado como a minha “birra” não me permite nem perceber um homem por baixo de tal uniforme.
Sou a favor de todo e qualquer esporte, pois promove saúde, descontração e ainda melhora a aparência. Mas de um modo geral, me incomoda o exagero, o fanatismo que alguns possuem tornando o esporte em verdadeiras paixões. Isso não acontece apenas no futebol, mas em esportes individuais também. Já conheci muitas pessoas viciadas em diferentes esportes. Porém, acho que tudo na vida tem que ser feito com equilíbrio: trabalho, estudo, família, esporte e lazer. Tudo deve ter seu espaço.
Tem homem que joga futebol a vida inteira. Pelo menos uma vez por semana está lá, comparecendo à sua sagrada “pelada”. É engraçado perceber a quantidade de jogadores de barrigas avantajadas que permanecem no esporte. Positivo. Mas não deixa de ser um pouco contraditório. E acho que para assistir esse tipo de jogador, minhas colegas dariam “falta”.
Enfim. Mas como tudo tem seu lado bom, tenho que dizer que me emociona o espírito de Copa do Mundo. A união entre várias nações, que usam o esporte como integração e ao mesmo tempo competição entre tantas nacionalidades. Exageros à parte, gosto do nacionalismo que surge no país de quatro em quatro anos.
Definitivamente eu não sirvo pra ser “Maria chuteira”, não tenho paciência e admiração para acompanhar alguém que leva o futebol tão a sério. Acho que a exclusividade e atenção, que gosto de receber, não combinam com futebol. Me contento com o corintiano que já tenho em casa, filho que sofre desde pequeno pelo amado time.
Então pra mim, futebol mesmo, só na Copa. No mais, talvez eu faça companhia para minhas colegas no próximo campeonato…