Baseado em uma história real, o filme “Joy” estrelado por Jennifer Lawrence encanta, não apenas pela história de sucesso alcançada pela protagonista, mas principalmente pelos percalços que ela passa. Acredito que muitos podem se identificar com suas dificuldades, devido às semelhanças com tantos de nós.
Joy vive em sua casa junto com os pais divorciados, a avó, o ex-marido, os dois filhos e uma meia irmã. Joy é certamente a pessoa mais forte de seu ambiente familiar. A avó faz o papel da motivadora. A mãe vive na cama assistindo televisão. O pai é um namorador. O ex-marido é um grande amigo, mas que ainda vive em sua casa. A meia-irmã a inveja. E enquanto todos criam problemas para ela e entre eles, Joy parece ser a única a sonhar com uma vida melhor.
Em meio a uma estrutura familiar caótica, há união e amor, apesar dos problemas diários e dificuldades. Fica clara na história a força que Joy exerce em momentos de decisão. Apesar de ser a filha única, atua como o pilar da família.
O enredo da vida de Joy também nos faz refletir sobre os pequenos detalhes de uma vida, que visto de forma mais atenta, mostra que nada acontece por acaso. Até mesmo o que é ruim, acaba sendo positivo dentro de um propósito maior.
A nova namorada do pai de Joy tem muito dinheiro. Num passeio de veleiro, onde toda a família participa, Joy tem que, num dado momento, limpar o convés sujo por cacos de vidro. Ela se corta e ali começa a imaginar um esfregão que a permitisse limpar a sujeira sem usar as mãos. Desde criança se tornara inventora, mas até então, nada havia passado de sonhos infantis, ainda que a avó a motivasse para mais. Mas Joy cria o esfregão como queria. Pede ajuda da namorada do pai para patentear e produzir sua invenção. Em meio à muitas decepções, Joy insiste e também é ajudada pelo ex-marido a entrar num canal de televisão, especializado em vendas.
Joy sofre uma grande frustração, quando tudo parecia promissor. Ela não desiste e se torna a própria apresentadora de seu produto na TV. À esta altura, o telespectador acredita que o sucesso merecido finalmente acontece. Porém, são quando os maiores problemas se apresentam. O fornecedor das peças do esfregão vem a extorquir a inventora mais de uma vez. A meia-irmã de Joy se intromete no assunto, aparentemente piorando o caso, o que faz com que Joy vá pessoalmente resolver o problema. Descobertas vem à tona. E maiores problemas. Joy acaba sendo presa injustamente e sua dívida diante de todos os investimentos realizados já se tornou uma bola de neve. Mal instruída pelos advogados da namorada do pai, sua patente já não lhe pertencia. A família pede que ela assuma falência.
A sucessão de erros e problemas causados pelas pessoas à volta de Joy, seriam motivos para a maioria de nós sair correndo e nunca mais voltar. Porém para ela, cada fracasso e dificuldade parece não a atingir totalmente. O cansaço é visível quase que o tempo todo. E quando tudo parece estar perdido, Joy declara sua falência. Mas de um dia para o outro, mergulha nos contratos e documentos de todos os seus investimentos e descobre sozinha o que ninguém esperava.
Joy tem um final feliz. Ela não se torna apenas bem sucedida na vida profissional, mas alcança um sucesso que superou suas próprias expectativas e intenções. A protagonista, agora milionária, continua a ser o pilar de sua família.
O filme tem, para os olhos mais atentos, a delicadeza de mostrar que o amor pode permanecer até mesmo onde parece incabível. Mesmo em meio ao caos, o que prevalece é a união.
Trailer:
2 Comments
Olá, li um artigo seu na obvius maganize sobre a solidão nossa de cada dia e adorei.
Assim, vim dar por aqui!
Gosto do seu estilo e admiro seu curriculum. Parabéns. Ainda não li nenhuma de suas obras, mas vou me corrigir!
Prazer imenso em fazer contato com você.
Abraços da
Maria Christina Marcello
Olá Maria Christina! Seja muito bem vinda!!!! EScrevo desde criança e amo… é minha paixão! Escreva sempre que puder! Um beijo!!!