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Ontem foi o aniversário da minha mãe. Já são setenta e sete anos. E há muitos moro longe dela. Como tenho feito nos últimos anos, sempre me arranjo com uma floricultura da minha terra natal, para a entrega de um presente, onde escolho a flor, uma caixa de bombons e às vezes algo mais para incrementar.

Tempos modernos, … tudo pelo WhatsApp! Nunca vi as pessoas que me atendem, nem as conheço, mas me tratam com o típico carinho e simplicidade da minha cidade. Ao final da troca de inúmeras mensagens, a fatídica frase que sempre ouço, após comprar seja o que for, nem que custe apenas alguns centavos: “Deus abençoe!”. Que orgulho de pertencimento isto me traz. Esta frase nunca falha e nunca falta.

Primeiro eu tinha escolhido um buque de rosas, com um urso, um hidratante e um sabonete. Depois troquei por begônias. Normalmente, mando bombons e flores. Mas agora, minha mãe com pré-diabetes, numa disciplina surpreendente, parou de comer o que mais gosta.

Esperei até meia noite para ser a primeira a mandar os parabéns por mensagem. E fui dormir. Acho que ela mesma já estava dormindo. Na manhã seguinte, quando acordei, havia a resposta da mensagem, mas nada ainda sobre o presente.

Bem mais tarde ela agradeceu. E à noite enviou uma foto e poucas mensagens, mas uma que não saiu da minha cabeça.

– Eu sempre quis ganhar um urso…

 

 

Uma mulher, uma senhora, de setenta e sete anos de idade, feliz por finalmente ter ganhado um urso de pelúcia.

Aquilo me tocou profundamente. E até agora, eu não consigo explicar o porquê.

Quantos sonhos meus pais têm que nunca realizaram? Quantos desejos ficaram para trás? E mais: por que eu nunca soube quais são?

Um simples urso fez minha mãe feliz. Algo tão simples, num gesto tão pequeno.

Eu, no alto dos meus quarenta e quatro anos, me peguei, revirando a memória, para lembrar dos presentes que vi a minha mãe receber durante a vida, e acho que foram quase sempre roupas.

E eu, como filha, que às vezes me pego me lamentando por uma coisa boba ou outra que ainda não consegui ter na vida, percebi a delicadeza do momento, do gesto que tentava substituir o chocolate por uma coisa qualquer. E na coisa qualquer que se tornou a realização de um sonho de setenta e sete anos…

E por mais que eu termine este texto agora, confesso que ainda não sei explicar o porquê de a frase ter ecoado tanto em mim e ainda estar aqui…

– Eu sempre quis ganhar um urso…

 

 

 

 

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