Muito se falou até que o dia 20 de julho de 2019 chegasse.
Sobrevivemos!
Não que tivesse sido decretado mais um suposto “fim do mundo”, mas chegamos ao fim do que seria uma possibilidade de uma era de guerras, fome e desastres de toda ordem. Mesmo porque, até esta data realmente testemunhamos diversas tragédias de mortes coletivas, conforme era previsto.
Mas e agora?
Passamos a suposta data e ainda vivemos uma geração de pessoas aparentemente otimistas, zen e do bem, que são cheias de palavras mas ainda de poucas atitudes.
Não que seja ruim a intenção com os inúmeros posts com frases bonitinhas e motivacionais. É ótimo, mas não o suficiente.
Vivemos a era das terapias alternativas de todo tipo: yoga, meditação, constelação, PNL, eneagrama, psicologia transpessoal, hipnose, florais de Bach, microfisoterapia, musicoterapia, etc.
Livros de autoajuda viram Best Seller.
Filmes que pregam o bem são bem vindos.
Então por que não conseguimos sair do lugar?
O que nos falta?
As notícias nos jornais são ruins, raramente vemos algo de bom.
O momento no país continua de total radicalismo político, uma briga sem fim, que leva amigos e familiares a se desentenderem. Brigas e ofensas constantes em redes sociais, nas ruas e mesmo na TV.
Religiosos continuam excluindo os que não frequentam a sua igreja e julgando os de fora como os mundanos merecedores do inferno.
Onde está a tolerância, paz e amor dos posts na prática?
Independentemente de qualquer crença religiosa ou espiritualista, claramente ainda nos faltam as atitudes e a concretização de nossas intenções.
Vale lembrar a velha frase, de que “o inferno está cheio de boas intenções”, isto, porque só o que se intende não basta, é preciso agir, sair das palavras para as ações.
Frase de Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que fazem são mais sagradas do que os lábios que rezam”.
Sejamos humanos conscientes, que buscam a evolução, crescimento e desenvolvimento de si mesmo antes de tudo.
Não podemos mudar o mundo ou o próximo, mas quem somos, antes de tudo nossas ações. Assim somos capazes de atingir o próximo e o meio que convivemos, a partir do exemplo.
Sermão, discurso, título religioso ou seja o que for de nada valem se as ações não são condizentes com o que se prega.
Precisamos parar de ser apenas posts bonitinhos cheios de ética e boa vontade, quando a prática é diferente disso.
Não importa no que se creia, com ou sem data limite, com fé ou sem fé, o que importa é a vontade concretizada de se fazer um mundo melhor.
Precisamos de qualidade de vida. E neste momento não me refiro a bens materiais, mas a bens emocionais, o bom dia na rua, o muito obrigado, com licença e por favor. Gestos de gentileza, sorrisos e ajuda de boa vontade nas situações do dia-a-dia.
Viver tem sido difícil, nosso mundo e nossos dias estão cada vez mais rápidos. Não há tempo a perder.
A mudança começa dentro de casa. Dentro de si mesmo. Aqui e agora.
A data limite já foi.
Expirou.
O mundo precisa de ação!