O quanto somos devastados pela falta de amor vivenciado? O quanto sofremos, ignorando o fato de que não somos cuidados como precisávamos? Qual o tamanho da dor de não ser amado? E se há o sentimento da rejeição, como ficamos por dentro, de verdade?
Tendo a acreditar que a autoestima pode ser destruída quando se vive a falta de amor como algo constante. Faltam os mimos, os abraços, a proteção. O viver sem uma palavra amiga, um beijo no rosto e um afago nas horas difíceis.
Embora haja diferentes maneiras de se expressar amor e de perceber o mesmo, existem coisas que não mentem: a energia de quem ama. E também de quem não ama. Podemos sentir o desprezo, a total falta de admiração ou cuidado. A preferência de quem nos devia amar, por outra coisa qualquer.
O amor é responsável por tudo aquilo que é bom: a alegria, otimismo, gentileza, afeto, respeito e tanto mais. E a falta de amor por tudo que é o contrário: tristeza, pessimismo, grosseria, desafeto e desrespeito. Quanto mais amor, mais bem a nossa volta reside. E vice-versa.
Já se imaginou num lugar onde todos se desgostam diariamente? Onde há brigas, desconfiança, inveja, traições? Como nos sentiríamos vivendo com todas essas sensações dia após dia? E o contrário: conviver num ambiente cheio de compreensão, lealdade, transparência, admiração e amizade?
Se numa visão de convivência superficial, os sentimentos já nos afetam, como seria, se esses mesmos sentimentos, os bons e os ruins, pudessem ser imaginados no âmbito familiar? Será que sobreviveríamos à falta de amor?
A ausência do sentimento de primeira importância não afeta apenas uma parte do que somos, nos tornando carentes, tristes e sem vida. O desamor derrota a autoestima, o autoconhecimento, o respeito e a vontade de viver. Vida sem amor deprime, rebaixa, destrói aos poucos.
Viver sem amor é como estar vivo por fora e morto por dentro, com raízes que nunca são regadas. É ver em volta o que tantos tem e a mim me falta: o básico e essencial.
Amor deveria ser item obrigatório na vida de todo ser humano, matéria escolar com cartilha para aprendizado na infância, assunto na hora do almoço, para que quando adultos, todos pudessem entender a importância de exercer o mesmo: com os filhos, pais, amigos, conhecidos, vizinhos e, sim, desconhecidos. Não amo com beijos e abraços quem desconheço, mas amo a ponto de respeitar e ser gentil. Viveríamos em um mundo diferente, se entendêssemos o amor como essencialidade.
Porém, amar está na moda, apenas quando se trata de palavras e postagens nas redes sociais. Há de se prestar atenção, se o mesmo está sendo exercido na prática: dentro de casa. A gentileza e o respeito com os mais velhos, os que estão doentes e os que já nem se lembram quem são. Com os nossos pequeninos e desprotegidos. E por fim, com qualquer um na rua.
Amar ao próximo como a si mesmo deveria ser um lema. Difícil de se colocar em prática, mas quando se vivencia, torna tudo e a todos melhor.
Viver sem amor faz doer a alma, transforma a solidão em presença constante. Todo amor é importante: amor de pai, amor de mãe, de irmãos, de namorado (a), amigos e até de pessoas que apenas admiramos. O amor pode vir através de um sorriso, de um bom dia, um aperto de mão.
Sejamos nós responsáveis pelo amor que devemos exercer. Assim fazendo nosso mundo melhor e dos que estão ao nosso redor.
A vida é para ser vivida no amor.