Frase de efeito na rede, dentre tantas outras que passam por nós “mouse abaixo”, nos tocam alguns segundos e se esvaem de nossas memórias logo em seguida. Devido às publicações repetidas, paramos para refletir um pouquinho mais sobre umas e outras.
A frase acima é extraordinária, intensa. Mas quantos se identificam com ela realmente? Eu a sinto de corpo e alma. Mas às vezes me pergunto, se sou eu uma das únicas a acreditar que a vida deveria ser assim.
A afirmação no modo imperativo é um chamado para a vida, para todo o universo: Simplesmente seja! Faça o que quiser! Eu acompanho! Acredito que será bom! Seja o que for!
Gosto da frase, a recebo na alma. Mas me entristece a sua não verdade no modo coletivo.
Onde estão os que realmente se abrem para a vida? Onde estão os que amam sem temer e se declaram? Onde estão os que sorriem sem olhar a quem? Os que não se preocupam com o amanhã, mais do que com o agora? Onde estão os que sabem viver o instante momento? Alguém pode me indicar o caminho?
Procuro os que estão dispostos a dizer sim para a vida, os que estão prontos a deixar pra trás aquilo que os acorrenta a uma vida “estável”, os escravizando à mesmice e monotonia de uma iludida existência, no fundo medíocre e sem vida. Procuro os que sabem, que viver é mais importante do que pagar as contas. Procuro os que se preocupam com o desejo de amar agora, mais do que com o desejo de amar amanhã, e que entendem o significado disso.
Procuro os que encontram na loucura a sua maior liberdade, o seu maior descanso. Procuro os que expressam o amor e o sorriso numa situação difícil. Procuro os que preferem sair da cama para viver o dia. Procuro os que propagam o bem.
Busco os que são fiéis à si mesmo e então à sua própria existência. Busco os que tem fé e esperança. Os que são capazes de aceitar a vida como ela é, com a certeza de que é o que deve ser. Busco os que sabem a diferença entre o momento de lutar e de aceitar, e os encara, ambos, com um sorriso.
Procuro sim os que choram, pois os falsos fortes cansam com sua fraqueza enrustida. Procuro os que sentem. Procuro a sensibilidade do se enxergar no outro.
“Vamos vida, me surpreenda”!
Aceito o que for, que seja!
Me surpreenda com um amor declarado, uma admiração sem inveja e pessoas de almas transparentes! Me surpreenda com o sorriso de uma criança, com o canto de um pássaro e um vento em minha face!
Venha vida, como quiser!